quarta-feira, 22 de maio de 2013

Niterói autorizada a contratar financiamento para a TransOceânica e túnel

22/05/2013 - Jornal do Brasil

Na obra está incluída a construção do Túnel Charitas-Cafubá, sem cobrança de pedágio
Jornal do Brasil

A Câmara de Niterói aprovou, na terça-feira (21.5), a autorização para que a Prefeitura de Niterói contrate o financiamento de R$ 292,3 milhões do governo federal para a construção da TransOceânica, via expressa de aproximadamente dez quilômetros de extensão que vai ligar o Engenho do Mato a Charitas. 

Na obra está incluída a construção do Túnel Charitas-Cafubá, com 1,3 quilômetro de extensão para cada uma de suas duas galerias, sem cobrança de pedágio. A  via também contará com corredor de BRT, seis terminais de integração e estações de embarque e desembarque de passageiros. O projeto prevê, ainda, a implantação de ciclovias.

O prefeito Rodrigo Neves comemorou a aprovação. “A TransOceânica é uma vitória histórica para Niterói. Uma obra prometida há 40 anos e que agora conta com os recursos para ser realizada. Ela será muito importante para ajudar a resolver um dos principais problemas da cidade, a mobilidade urbana”.

A TransOceânica é o primeiro grande investimento em mobilidade que a cidade tem em décadas e prevê a mudança de perfil de toda a região que é hoje o principal vetor de crescimento do município. Além do trânsito, a implantação do BRT também terá impacto no meio ambiente, já que será um transporte público de qualidade, eficiente e moderno, que vai evitar o excesso de veículos nas ruas, contribuindo para a fluidez do trânsito e reduzindo a poluição do ar.

O projeto da TransOceânica, uma das principais propostas de campanha do prefeito Rodrigo Neves, foi contemplado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O anúncio oficial da liberação dos recursos foi feito pela presidenta Dilma Rousseff em março.

 Licenciamento ambiental

Também na terça-feira, o site do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) publicou a Instrução Técnica para a elaboração do EIA-Rima da TransOceânica – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. A publicação é a primeira etapa para o licenciamento ambiental da obra. A instrução ficará no site do Inea por 10 dias para consulta pública. Após esse prazo, o órgão estadual emitirá notificação para a Prefeitura de Niterói contando o prazo para elaboração do estudo.

Autorizado empréstimo para obras da TransOceânica

22/05/2013 - O Fluminense

A Câmara de Niterói aprovou ontem, em sessão plenária, a autorização para que a Prefeitura contraia o empréstimo de R$ 292,3 milhões, junto à Caixa Econômica Federal, para a execução das obras da TransOceânica e do túnel Charitas–Cafubá. Sem data para o início, as obras, com previsão de duração de dois anos e meio, contemplam a construção de uma via expressa que sairá de Itaipu, passando pela Estrada Francisco da Cruz Nunes, indo até o Cafubá, onde se ligará ao túnel que cortará o bairro em direção a Charitas, e  integrará a estação Hidroviária do bairro.

Além dos R$ 292,3 milhões, o município terá que entrar com R$ 15,3 milhões a título de contrapartida municipal. O empréstimo deverá ser pago em 20 anos, após quatro anos de carência, com juros de 6% ao ano. Como a votação na câmara partiu de uma mensagem do executivo para que a autorização fosse votada em caráter de urgência, a expectativa é de que as obras se iniciem já no segundo semestre deste ano e fique pronta em 2015, porém ainda não foi divulgado nenhum cronograma oficial.

O projeto da Prefeitura de Niterói para melhorar a mobilidade urbana inclui a criação de um anel rodoviário inteligente. Para isso serão trabalhadas três etapas. A primeira é a TransOceânica, a segunda, um sistema de BRT, a TransNiterói, e a última, a ligação de Charitas ao Centro através de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Prefeitura de Niterói define trajeto para a TransOceânica


10/03/2013 - O Fluminense, Bruno Uchôa

Obras terão início em 2014 e município já trabalha no projeto do BRT da Região Oceânica à Charitas. Recursos são provenientes do PAC, diz a secretária de Urbanismo, Verena Andreatta

As obras para a implantação da TransOceânica, que ligará o Engenho do Mato a Charitas, devem começar até o próximo ano. A informação foi confirmada pela secretária de Urbanismo, Verena Andreatta. Os recursos para a obra, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), foram anunciados na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Serão R$ 292,3 milhões.

O BRT terá 9,3 quilômetros de extensão, seguindo o trajeto da Avenida Francisco da Cruz Nunes, com previsão de quatro pontos de parada, além dos dois terminais e a construção do túnel Charitas-Cafubá. A secretária informou que a Pasta está trabalhando no projeto executivo do BRT.

“Nós concluiremos o projeto ainda este ano e as obras devem começar em 2014. Os recursos foram liberados e vamos começar as negociações com a Caixa para liberação dos recursos”, disse Verena.

O BRT começará na interseção da Avenida Francisco da Cruz Nunes com a Avenida Irene Lopes Sodré, próximo ao 4º Grupamento Marítimo, onde será erguida a Estação Terminal do Engenho do Mato. A segunda estação está planejada para ser construída na interseção entre Francisco da Cruz Nunes e a Avenida Central, perto de um posto de gasolina.

O terceiro ponto, Estação Piratininga, está previsto para uma área próxima ao Itaipu Multicenter. De lá a próxima parada do BRT segue o encontro entre a Francisco da Cruz Nunes e a Avenida Conselheiro Paulo de Mello Kalle, junto ao DPO da 1ª Companhia. A quinta estação será implantada na Praça do Cafubá e a estação terminal será ligada às barcas em Charitas.

Para evitar processos mais longos de desapropriação de imóveis, um segundo trajeto está sendo estudado pela Pasta. A alternativa ligaria as estações da Praça do Cafubá e do Itaipu Multicenter através da Avenida Raul de Oliveira. Segundo a Secretaria de Urbanismo, a construção do BRT irá reduzir a distância entre Região Oceânica e Charitas de 18 quilômetros para 10,5 quilômetros.

Os ônibus devem viajar a uma velocidade de 50km/h e tempo gasto para percorrer toda extensão da TransOceânica será de aproximadamente 20 minutos. Hoje, segundo a Secretaria de Urbanismo, os motoristas gastam 1 hora e 15 minutos de ônibus e 50 minutos de carro para fazer o trajeto completo. “Hoje é uma demanda de quem mora em Itaipu e no Engenho do Mato, não perder tempo de suas vidas no transporte e não demorar horas para chegar ao Centro. Os bairros da Região Oceânica vão ter opção de transporte com qualidade”, disse Verena.

A secretária de Urbanismo disse também que o projeto inclui a construção de uma ciclovia em toda a extensão da TransOceânica. As estações também terão espaços para estacionar as bicicletas. Porém, a passagem das bicicletas por dentro do túnel de 1,3 quilômetro ainda está sendo estudada. Uma das preocupações, diz Verena, é evitar os acidentes e atropelamentos na via, como ocorreu na implantação do BRT na cidade do Rio.

“O que acontece é que a infraestrutura nasce de forma dissociada do entorno. Aí a pessoa tem que atravessar uma rua para chegar à estação e acaba atropelada. A culpa é da pessoa? Não. Queremos trabalhar projetos específicos no entorno destas estações para que (a população) chegue com conforto e segurança às estações atravessando a rua com segurança e semáforos bem planejados. As vias transversais vão ter que ser pensadas de forma planejada”, afirmou o subsecretário Renato Barandier.

TransNiterói – A construção da TransOceânica não vai resolver o problema do trânsito na cidade. Segundo Verena Andreatta, apenas com a implantação também da TransNiterói o fluxo da população dentro da cidade poderá ser equacionado. O segundo BRT ainda está sendo planejado. A expectativa da Pasta é que as obras para o corredor exclusivo sejam iniciadas em 2015. A TransNiterói será ligada à TransOceânica na estação situada no DPO da 1ª Companhia e chegaria à Alameda São Boaventura via Largo da Batalha.

Segundo Verena, os dois BRTs vão desafogando o trânsito da cidade, melhorando a qualidade de vida também nos bairros centrais. “Queremos animar as pessoas a usarem o novo sistema de transporte público. Queremos que todas as pessoas que se locomovem de automóvel não cruzem a cidade, que está densa e não aguenta mais trânsito em regiões com o Centro e Icaraí. São Francisco, Bairro de Fátima e Santa Rosa também serão bairros com melhor qualidade de vida após essas vias”, afirmou a secretária.

Outra consequência da construção dos BRTs será a mudança da geografia urbana da cidade, afirma Verena. Com acesso mais rápido à Região Oceânica, o objetivo é que haja uma migração da população para aquela região, aliviando os bairros da Zona Sul. “As pessoas querem morar perto destas infraestruturas de transporte. Vão ser avenidas planejadas, com arborização e paisagismo. Essas infraestruturas direcionam o crescimento da cidade. São áreas que podem ser adensadas. A Região Oceânica é a que tem a menor densidade urbana da cidade. Toda infraestrutura de transporte gera valorização”, concluiu Verena Andreatta.